Em que água vives

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domingo, 22 de junho de 2014

5 – Bioensaio de Toxicidade aguda em Daphnia magna

A qualidade da água pode ser avaliada através de parâmetros físicos (cor, turvação, sabor, odor) químicos (pH, salinidade, dureza, sais dissolvidos) e biológicos (densidades populacionais das espécies).

O presente trabalho pretende determinar a qualidade biológica da água dos rios Ave e Vizela que são sujeitos a descargas de ETAR’s através de um Bioensaio de Toxicidade aguda que permite monitorizar os ecossistemas aquáticos através do estudo das respostas biológicas dos seres vivos para avaliar alterações no meio (Biomonitorização).
Neste caso, o bioensaio será realizado com base nos protocolos para ensaio de toxicidade aguda com Daphnia magna baseado na norma ISO-6341.

O bioensaio utilizará como bioindicador a Daphnia magna pois é um organismo que apresenta alta sensibilidade a tóxicos, alta disponibilidade e abundância, e facilidade de cultivo e adaptabilidade às condições laboratoriais.


Pretende-se colocar estes crustáceos de água doce em sucessivas diluições das amostras de água recolhida de modo a determinar os efeitos letais (mortalidade) que os possíveis contaminantes provocam nestes seres vivos.
O cálculo da percentagem de mortalidade a obter servirá para calcular a Concentração Letal Mediana (CL50), isto é, a concentração da substância teste que provoca uma determinada resposta (mortalidade) em 50% dos organismos dentro de um intervalo de tempo. O CL50 será calculado a partir de um gráfico mortalidade - concentração da amostra.

O bioensaio aplicado às Daphnias teve início no dia 18 de Junho e terminou no dia 20 de Junho (duração de 48 horas) pelo que a concentração letal mediana será calculada após este período de tempo 48h – CL50.

As Daphnias são bastante sensíveis à química da água em que vivem. Em laboratório, os investigadores usam habitualmente água destilada à qual adicionam minerais e nutrientes: meio ASTM (SILVA, 2008)