A qualidade da água pode ser avaliada
através de parâmetros físicos (cor, turvação, sabor, odor) químicos (pH,
salinidade, dureza, sais dissolvidos) e biológicos (densidades populacionais
das espécies).
O presente trabalho pretende
determinar a qualidade biológica da água dos rios Ave e Vizela que são sujeitos
a descargas de ETAR’s através de um Bioensaio de Toxicidade aguda que permite
monitorizar os ecossistemas aquáticos através do estudo das respostas biológicas dos seres vivos para
avaliar alterações no meio (Biomonitorização).
Neste caso, o bioensaio será realizado
com base nos protocolos para ensaio de toxicidade aguda com Daphnia magna baseado na norma ISO-6341.
O bioensaio utilizará como
bioindicador a Daphnia magna pois é um organismo que apresenta alta sensibilidade a tóxicos, alta disponibilidade e
abundância, e facilidade de cultivo e adaptabilidade às condições laboratoriais.
Pretende-se colocar estes
crustáceos de água doce em sucessivas diluições das amostras de água recolhida
de modo a determinar os efeitos letais (mortalidade) que os possíveis
contaminantes provocam nestes seres vivos.
O cálculo da percentagem
de mortalidade a obter servirá para calcular a Concentração Letal Mediana
(CL50), isto é, a concentração da substância teste que provoca uma determinada
resposta (mortalidade) em 50% dos organismos dentro de um intervalo de tempo. O
CL50 será calculado a partir de um gráfico mortalidade - concentração da
amostra.
O bioensaio aplicado às Daphnias teve início no dia 18 de Junho e
terminou no dia 20 de Junho (duração de 48 horas) pelo que a concentração letal
mediana será calculada após este período de tempo 48h – CL50.
As Daphnias são bastante sensíveis à química da
água em que vivem. Em laboratório, os investigadores usam habitualmente água
destilada à qual adicionam minerais e nutrientes: meio ASTM (SILVA, 2008)