O presente trabalho tinha como objetivo
principal determinar a qualidade biológica da água dos rios Ave e Vizela,
utilizando como bioindicador a Daphnia
magna e assim concluir sobre o impacto ambiental provocado pelas descargas das
ETAR´s das várias indústrias existentes ao longo destes cursos de água.
Não
possível aplicar os bioensaios de toxicidade aguda sobre todas as amostras
recolhidas devido aos facto de não se ter conseguido o número de indivíduos
necessários para realizar os testes. Aliás esta foi a grande contrariedade do
nosso projeto já que durante a fase de manutenção e reprodução das culturas de
Daphnias foram registadas taxas de mortalidade elevadas.
Após a aplicação do bioensaio na amostra 5 não
foi possível determinar o valor do 48h-CL50 visto que a percentagem de
mortalidade nas diluições terem sido bastantes baixas. Por este facto julgamos
que podemos concluir que o rio Ave, no local da Ponte de Caniços apresenta água
com qualidade biológica satisfatória apesar das descargas a que os rios são
sujeitos pelas várias ETAR’s.
Podemos também concluir
que as descargas das ETAR’s existentes ao longo dos rios Ave e Vizela tiveram,
pelo menos durante o período da recolha da amostra, um impacto ambiental
reduzido, que nos foi traduzido pela baixa mortalidade das Daphnias e pela
incapacidade de determinar os valores de 48h-CL50 da amostra.